A Petrobras assinou nesta 3ª feira (6/4) um acordo para aquisição da participação da petroleira britânica BP em seis blocos de petróleo localizados na bacia da foz do rio Amazonas. O projeto é polêmico por causa do risco potencial de contaminação da exploração de petróleo sobre a diversidade biológica desta área, em particular os recifes de corais descobertos pelo Greenpeace em 2018 na região. Os blocos foram leiloados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2013 por um consórcio formado por Petrobras (30%), BP (30%) e Total (40%). No ano passado, a petroleira francesa também abandonou o projeto, alegando dificuldades no processo de licenciamento ambiental das áreas, e vendeu sua participação para a Petrobras. Com a aquisição da parte da BP, a estatal brasileira detém agora a totalidade dos direitos de exploração sobre esses blocos. Epbr e O Globo deram mais detalhes.
Em tempo: A Petrobras confirmou nesta 2ª feira (5/4) um reajuste de 39% no preço do gás natural para as distribuidoras, a partir de 1º de maio. Segundo o Valor, a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (ABRACE) estima que o impacto médio, para a indústria, será de 31%, o que pode elevar a tarifa para a classe industrial ao maior patamar desde o lançamento do programa Novo Mercado de Gás, em 2019. À época, o ministro Paulo Guedes prometeu que o preço do gás natural ficaria entre 30% e 40% mais barato com a entrada de novos concorrentes no mercado. Entretanto, os resultados iniciais são tímidos e o preço do gás no Brasil segue acompanhando as variações do petróleo e do câmbio.
ClimaInfo, 7 de abril de 2021.
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