Depois de curtir a bonança nos últimos meses, o mercado de bitcoins recebeu com choque a notícia de que a montadora Tesla não permitirá mais as compras de seus veículos com essa moeda virtual. O dono da empresa, Elon Musk, era até pouco tempo atrás o principal entusiasta do bitcoin. No entanto, especialistas e investidores criticaram o apoio da Tesla a essa moeda, já que seu processo de “mineração” depende de um volume muito grande de energia e que, na maior parte das vezes, isso acontece em lugares onde a energia é barata, baseada na queima de combustíveis fósseis.
Segundo Musk, a empresa também não pretende se desfazer dos US$ 1,5 bilhão em bitcoins, comprados em fevereiro passado, enquanto o mercado não oferecer alternativas mais limpas para mineração da moeda digital. Segundo a Reuters, a decisão de Musk contrária ao bitcoin agradou a alguns investidores da Tesla, que temiam que as credenciais verdes da companhia fossem contaminadas pela pegada de carbono da moeda digital. Para eles, a recusa da Tesla em aceitar bitcoins para a venda de seus produtos é uma sinalização importante para outras empresas sobre os riscos de se entrar nesse mercado novo – e nada regulado. Auto Esporte, BBC Brasil, Bloomberg e NY Times deram mais detalhes.
Em tempo: A aliança comercial entre a francesa Renault e a sul-coreana Nissan começa a olhar com mais atenção para o mercado de carros elétricos. De acordo com o Financial Times, as montadoras querem ampliar sua participação nas vendas desses veículos, com o objetivo de competir com Tesla e Volkswagen pela liderança do setor. Uma das apostas está no desenvolvimento de sistemas de bateria conjunta que permitem veículos mais eficientes e leves, barateando custos e facilitando um preço mais competitivo.
ClimaInfo, 17 de maio de 2021.
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