A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) divulgou nesta 2ª feira (16/8) um dossiê internacional com denúncias de ataques e violações aos Direitos Indígenas no Brasil. O documento faz parte do processo movido pela entidade no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o governo de Jair Bolsonaro por crimes de genocídio e ecocídio, detalhando os diversos episódios de violência contra os Povos Indígenas por atores associados ao governo ou do próprio governo.
De acordo com o dossiê, a violência contra os indígenas é “orquestrada com participação direta do Poder Executivo”, além de contar com apoio de parlamentares no Congresso Nacional e até mesmo representantes do Judiciário. “Este projeto é nutrido e fomentado pelos discursos de ódio e racistas que saem da boca de Jair Bolsonaro”, diz o documento. “Sua postura irresponsável e ilegal não somente afeta todo o arcabouço de proteção conquistado com muita luta pelos Povos Indígenas, como incentiva direta e indiretamente agressões de terceiros”.
O G1 repercutiu o dossiê da APIB contra o governo Bolsonaro.
Em tempo: Arthur Lira, novo boiadeiro antiambiental de Brasília, foi “premiado” nesta semana com o Troféu Motosserra de Ouro 2021 pelo seu papel na promoção de projetos contrários ao meio ambiente na Câmara dos Deputados. Organizada pelo Greenpeace Brasil, a “cerimônia de premiação” aconteceu na frente do Congresso Nacional, com a pompa e a circunstância que o “funcionário do mês do (des)governo Bolsonaro” merece. O presidente da Câmara tem sido protagonista da agenda antiambiental nos últimos meses, aprovando a toque de caixa e sem discussão pública projetos polêmicos, como o da flexibilização do licenciamento ambiental e da ampliação dos critérios para regularização fundiária. O Poder360 repercutiu a “premiação”.
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ClimaInfo, 17 de agosto de 2021.
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