Desmatamento zero, o caminho mais fácil e barato para o Brasil reduzir suas emissões

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No Estadão, o cientista Paulo Artaxo (USP) destacou a urgência de uma redução substancial e imediata das emissões de gases de efeito estufa, à luz do relatório recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre a concentração crescente desses gases na atmosfera terrestre. “Este é mais um alerta aos governos de que eles não estão fazendo suas lições de casa, inclusive o governo brasileiro”, escreveu.

Para Artaxo, o caso brasileiro é ainda mais simbólico por causa do perfil das emissões do país, originadas principalmente pelo desmatamento. Isso significa que o Brasil tem condições para reduzir suas emissões de maneira mais fácil, rápida e barata do que outras nações, apenas contendo a devastação de suas florestas.

Ainda sobre a Amazônia, ((o)) eco fez uma análise especial sobre o trabalho realizado pelos nove governos estaduais da região para proteção da floresta, destacando semelhanças, diferenças, avanços e lacunas. Nos últimos anos, os governadores da Amazônia Legal tiveram que assumir um papel mais proativo nessa agenda no plano internacional para compensar o desgoverno ambiental do governo Bolsonaro.

Entretanto, a situação ambiental de cada estado é diversa, com alguns tendo uma proporção maior de floresta derrubada e degradada do que outros; isso também é observado na análise do percentual de seu território sob proteção legal no âmbito estadual. O que pode ser percebido em praticamente todos é a falta informação e transparência sobre as políticas públicas de meio ambiente.

((o)) eco também destacou a atuação mais incisiva do Banco Mundial nos estados amazônicos brasileiros. Mato Grosso e Amazonas inauguraram uma nova modalidade de empréstimos da entidade, que associa critérios de proteção ambiental a esquemas de ajuste fiscal. Por exemplo, no caso mato-grossense, o estado teve que aprovar um novo plano de ação para prevenção e controle do desmatamento, além de adotar metas de redução do desmatamento e regularização fundiária, como condição para receber US$ 250 milhões do Banco Mundial.

 

ClimaInfo, 27 de outubro de 2021.

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