Com nova regulamentação, geração eólica offshore deve ganhar força no Brasil

eólicas offshore

Com um litoral de milhares de quilômetros de bons ventos, o potencial das eólicas offshore é muito significativo. A EPE estima que, só com plataformas de até 50 m de profundidade, há um potencial de 700 GW, um valor 4 vezes maior do que a capacidade total de geração das diversas fontes instaladas hoje no país. Matéria d’O Globo diz que a regulamentação recente da geração eólica offshore avançará os pedidos de licenciamento de 36 projetos com capacidade somada de 80 GW.

O desafio é o custo superior das offshore em relação à instalação em terra. Segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), o preço do MWh de energia das eólicas terrestres em 2019 girou em torno de US$ 53, enquanto o das offshore saía por US$ 115. Para comparar, no leilão de agosto passado o preço de referência do MWh das eólicas terrestres foi de R$ 191, ou US$ 36.

O mercado das eólicas terrestres está bastante aquecido. Uma das fornecedoras de equipamentos, a brasileira Weg, fechou um contrato de venda com a Eletrobras para fabricar, instalar, operar e cuidar da manutenção de um parque de 72 turbinas de mais de 300 MW de capacidade. O valor do contrato passa dos R$ 2 bilhões, segundo o site Click Petróleo e Gás.

Em tempo 1: A descarbonização da produção do aço é das mais difíceis. A Revolução Industrial deslanchou quando, dentre outras, acelerou a metalurgia do aço misturando ferro e carvão em grande escala. O setor permanece, desde então, adicto ao carvão. Uma das alemãs mais tradicionais do setor, a Thyssen, decidiu apostar no hidrogênio e na amônia para se desintoxicar. Segundo o Valor, a empresa trará para cá sua divisão química, que está desenvolvendo rotas verdes para a substituição do carvão e, também, para entrar nas áreas de fertilizantes, produtos químicos básicos e polímeros.

Em tempo 2: A Total, a gigante fóssil francesa, anunciou a descoberta de mais petróleo no litoral do Suriname. A notícia é da Petróleo Hoje. Em 2020, a corporação se comprometeu com o net-zero. Fanfarrear mais uma descoberta de petróleo não parece ser o caminho certo para tal propósito.

 

ClimaInfo, 23 de fevereiro de 2022.

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