Desmatamento amazônico no 1º trimestre de 2022 foi o 2º pior em 15 anos, mostra Imazon

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Christian Braga/Greenpeace

Nos primeiros três meses de 2022, a Floresta Amazônica perdeu uma área equivalente à do município de Salvador (BA), a 15º maior capital do Brasil. De acordo com dados do sistema SAD, operado pelo Imazon, a floresta registrou uma perda de 687 km2 de vegetação no 1º trimestre deste ano, o segundo maior acumulado para o período desde o começo do monitoramento, em 2008. O resultado só não é pior do que aquele registrado no ano passado, quando a derrubada de floresta chegou a 1.185 km2 no mesmo período.

A intensificação do desmatamento nos primeiros meses de 2022 já tinha sido sinalizada por dados do sistema DETER/INPE, que apontaram para uma perda de 941 km2 de área verde neste período, o pior índice desde desde 2016). O cenário preocupa, já que o verão costuma ser o período em que o desmatamento fica mais reduzido por conta das chuvas frequentes na Amazônia. Com a chegada da temporada seca, a expectativa é de que o ritmo de desmatamento aumente, o que pode colocar o período 2021-2022 no mesmo patamar da destruição observada nos anos anteriores, os piores da série histórica.

Em março, o Mato Grosso registrou pelo 3º mês consecutivo o maior índice de desmatamento entre os estados amazônicos, com 57 km2 (46% dos 123 km2 observados no mês). O estado também concentrou cinco dos dez municípios amazônicos com maior taxa de desmate (Nova Ubiratã, Juara, Feliz Natal, Porto dos Gaúchos e Juína). Em seguida, o Pará registrou perda florestal de 33 km2 (27% do total) no mês passado, sendo que mais de ⅕ desse total foi observado apenas dentro de duas Unidades de Conservação, a APA Triunfo do Xingu (5 km2) e a FLONA do Jamanxim (2 km2). Roraima completou o top 3 do desmatamento em março, com a destruição de 13 km2 (11% do total).

Carta Capital e ((o)) eco deram mais informações.

ClimaInfo, 18 de abril de 2022.

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