Depois de muita pressão de ativistas climáticos, o Twitter confirmou na última 6ª feira (22/4) mudanças em sua política de anúncios publicitários, que passarão a restringir a divulgação paga de conteúdos que rejeitem o consenso científico em torno da crise climática. Com isso, a rede social segue o caminho de outras concorrentes, como o Pinterest, no sentido de combater a desinformação climática em suas plataformas virtuais.
“Reconhecemos que informações enganosas sobre o clima podem minar os esforços para proteger o planeta”, reconheceu Casey Junot, executivo de sustentabilidade global do Twitter. “Anúncios enganosos no Twitter que contradizem o consenso científico sobre mudanças climáticas estão proibidos, em linha com nossa política sobre conteúdo impróprio”.
A mudança, anunciada em pleno Dia Mundial da Terra, também acontece em um momento crucial para o Twitter. Na semana passada, o bilionário Elon Musk, fundador e dono da Tesla e SpaceX, fez uma proposta de compra da companhia, sob o argumento de que a rede social teria potencial para promover uma maior “liberdade de expressão”. Musk tem se posicionado contra qualquer tipo de moderação de conteúdo nessas plataformas, o que interessa bastante a negacionistas climáticos e outros grupos que promovem teorias da conspiração das mais diversas.
Associated Press e Guardian deram mais informações sobre a nova política contrária ao negacionismo pago no Twitter. No Brasil, g1 e UOL republicaram matéria da AFP sobre o assunto.
ClimaInfo, 25 de abril de 2022.
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