Dia Mundial dos Oceanos: ONU alerta para poluição de plástico

Dia Mundial dos Oceanos
Emily IRVING-SWIFT / AFP

Celebrou-se nesta 4ª feira (8/6) o Dia Mundial dos Oceanos, uma data para refletir sobre a importância dos oceanos para a vida e o clima na Terra, bem como as ameaças que eles sofrem por conta da ação predatória humana. Poucas coisas simbolizam tão bem o impacto da humanidade sobre os oceanos como a poluição marítima por plástico.

Em mensagem nas redes sociais, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que resíduos plásticos estão atingindo até as áreas mais remotas e profundas dos oceanos, com impactos que perdurarão por séculos. “Precisamos urgentemente de uma ação coletiva para revitalizar os oceanos. Trabalhar em conjunto com a natureza, e não contra ela, e construir parcerias inclusivas e diversificadas entre regiões, setores e comunidade para colaborar de forma criativa com soluções para os oceanos”, defendeu Guterres. O Globo repercutiu esse apelo.

Por falar em poluição do mar, O Globo também destacou o trabalho dos mergulhadores que vem realizando mutirões de limpeza em praias do litoral do Rio de Janeiro. “Localmente, estamos fazendo a diferença. E sair do mar com esse resíduo, resgatando a fauna e devolvendo para o mar, como polvo, caranguejo, moluscos, que são minúsculos e podemos não dar atenção, mas têm um atrativo. As pessoas passam na praia, veem as atividades e começam a se sensibilizar com isso”, contou Caio Salle, instrutor de mergulho e fundador do Projeto Verde Mar.

“A data é um lembrete do quão importante os oceanos são para a nossa vida”, disse o oceanógrafo Angelo Fraga Bernardino ao NatGeo Brasil. “Eles têm grande parte do controle climático, como grandes sumidouros de carbono, e são uma fonte essencial de alimento. Por sermos terrestres, às vezes esquecemos sua importância”.

Sob recorte climático, Jennifer Ann Thomas abordou na VEJA um estudo de pesquisadores da Universidade de Bremen (Alemanha) que buscam entender a reação dos corais de recife às mudanças de temperatura da água marítima. Esses corais, que abrigam cerca de 25% das espécies marinhas do mundo, são extremamente sensíveis à temperatura e, em situações de calor, sofrem com o branqueamento. Esta pesquisa em particular, publicada na revista PLOS Biology, analisou sedimentos de seis locais de corais de água fria no Atlântico Norte e no Mediterrâneo para identificar parâmetros críticos associados à mortandade desses corais nos últimos 20 mil anos, desde a última era glacial.

 

ClimaInfo, 9 de junho de 2022.

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