Um levantamento da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), feito em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontou para um salto de cerca de 700 mil novos postos de trabalho no setor de geração renovável de energia em 2021, apesar da pandemia e da crise de energia. Em todo o mundo, o contingente de vagas no setor já é de 12,7 milhões, com destaque para a geração solar, com 4,3 milhões desse total.
Como em outros anos, os melhores números de criação de postos de trabalho na indústria renovável foram registrados na China. Sozinho, o país asiático responde por 42% do total global, sendo seguido pelas nações da União Europeia e pelo Brasil, com 10% cada, e Estados Unidos e Índia, com 7% cada.
Aqui no Brasil, o relatório destaca o setor de biocombustíveis, que segue sendo o principal empregador, mas também pontuou os números crescentes em postos de trabalho em instalações eólicas e solares fotovoltaicas.
No geral, o relatório da IRENA e da OIT assinalou a resiliência das empresas de energia renovável e as oportunidades que elas podem aproveitar nos próximos anos, especialmente no contexto da segurança energética e de novos investimentos na transição para a energia carbono-zero.
“Meu conselho aos governos de todo o mundo é buscar políticas industriais que encorajem a expansão de empregos decentes em energias renováveis dentro de seus países”, afirmou Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA. “Estimular uma cadeia de valor doméstica não apenas criará oportunidades de negócios e novos empregos para pessoas e comunidades locais, mas também reforçará a confiabilidade da cadeia de suprimentos e contribuirá para a segurança energética em geral”.
Agência Brasil e Gizmodo deram mais informações.
Em tempo: O estímulo à cadeia de valor doméstica das fontes solar e eólica é uma das recomendações do Plano Nordeste Potência organizado pelo ClimaInfo e organizações parceiras.
ClimaInfo, 26 de setembro de 2022.
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