Depois de muita expectativa, os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, tiveram seu primeiro encontro presencial na cúpula do G20 na Indonésia, na última 2ª feira (14/11). Os dois líderes conseguiram chegar a um denominador comum, a despeito das tensões geopolíticas, e finalmente decidiram destravar as conversas bilaterais sobre clima.
O diálogo entre chineses e norte-americanos estava congelado desde agosto, quando Pequim retaliou Washington por conta da visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, à ilha de Taiwan. Os chineses entendem que ela é um território nacional rebelde, enquanto o governo norte-americano mantém uma ambiguidade em relação a Taiwan, reconhecendo a soberania chinesa, mas realizando acordos comerciais e militares com o governo da ilha.
As tensões sino-americanas têm marcado as negociações climáticas na COP27. Para muitos observadores, havia uma preocupação de que os desentendimentos entre os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta pudessem atrapalhar as discussões em Sharm el-Sheikh.
Na semana passada, os enviados especiais John Kerry e Xie Zhenhua fizeram um encontro informal, o primeiro deles desde o congelamento do diálogo. Com a retomada formal do diálogo bilateral, os dois representantes se encontraram formalmente nesta 3ª feira (15/11) na COP27, em uma sala da delegação chinesa. A informação é da Associated Press.
AFP, Climate Home, Financial Times, NY Times e Washington Post repercutiram a aproximação diplomática entre China e EUA nas conversas sobre clima.
ClimaInfo, 16 de novembro de 2022.
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