Eventos climáticos extremos causaram prejuízo de US$ 260 bilhões em 2022

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Eva Marie Uzcategui/Bloomberg

Um levantamento da Swiss Re estimou em US$ 260 bilhões os prejuízos decorrentes dos eventos climáticos extremos que ocorreram em 2022 em todo o mundo. O valor representa uma queda de 11% em relação ao registrado no ano passado (US$ 292 bilhões), mas ainda bem acima da média dos últimos 10 anos (US$ 207 bi). Desse total, apenas US$ 115 bilhões estavam segurados.

No ranking dos desastres mais caros, está o furacão Ian, que atingiu o oeste da Flórida (EUA) no final de setembro. De acordo com a Swiss Re, o prejuízo causado pela tempestade foi de até US$ 65 bilhões em perdas seguradas. Assim, ele seria o 2º evento climático com maior perda segurada da história, atrás apenas do furacão Katrina, em 2005.

“Eventos climáticos extremos levaram a grandes perdas seguradas em 2022, sustentando um risco em ascensão e com desdobramento em todos os continentes”, assinalou Martin Bertogg, chefe de risco de catástrofes da Swiss Re. “Quando o furacão Andrew atingiu 30 anos atrás, um evento de perda de US$ 20 bilhões nunca havia ocorrido antes – agora houve sete desses furacões apenas nos últimos seis anos.”

Bloomberg e Reuters destacaram essas informações.

Em tempo: A temporada 2022 de tempestades tropicais no Atlântico se encerrou nesta 4ª feira (30/11), concluindo assim um ano relativamente calmo em termos de ocorrência, com apenas 14 tempestades nomeadas; para comparação, em 2021, foram 21 tempestades nomeadas, o 3º ano mais ativo da história. Dessas 14, oito se tornaram furacão e duas furacões de grande porte – Fiona e Ian. Associated Press, NY Times e Wall Street Journal abordaram a notícia.

 

ClimaInfo, 2 de dezembro de 2022.

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