Presidente da Petrobras diz que governo não mexerá em preços, mas quer rediscutir paridade

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REUTERS - ADRIANO MACHADO

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, formalizou a indicação do senador Jean-Paul Terra Prates para a presidência da Petrobras. O nome de Prates vinha sendo especulado desde o final do 2º turno das eleições presidenciais como um dos nomes preferidos do presidente Lula para comandar a petroleira brasileira.

A expectativa do governo é de que a aprovação do nome de Prates pelo Conselho de Administração da Petrobras seja rápida. Desde o dia 4, a empresa é presidida interinamente pelo executivo João Henrique Rittershaussen, que assumiu depois da renúncia de Caio Paes de Andrade. A notícia foi destacada pela Agência Brasil, CNN Brasil, Estadão, g1, O Globo, Poder360 e RFI, entre outros.

Questionado sobre a política de preços da Petrobras, um dos pontos de discórdia da empresa com o governo federal desde a gestão Bolsonaro, Prates afirmou que não pretende interferir na definição dos preços dos combustíveis, mas defendeu uma rediscussão da paridade de importação, que considera custos como frete de navios, transporte interno e taxas portuárias. Na prática, essa política acaba sendo aplicada inclusive ao combustível produzido no Brasil, o que o torna mais caro.

“Paridade de importação é o que para nós não faz sentido, em alguns casos. Isso vai ser trabalhado devidamente. A gente tem que ter um preço que reflita o fato de a gente produzir [petróleo] no Brasil. É só isso. Não tem por que se assustar com isso”, disse Prates, citado pela Folha.

O indicado de Lula para o comando da Petrobras também defendeu a criação de uma conta de estabilização para o preço dos combustíveis, associada a medidas como tributação ad rem (em moeda, em vez de percentual) e o retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Estadão, JOTA, Metrópoles e Valor, entre outros, repercutiram essas propostas.

 

ClimaInfo, 17 de janeiro de 2023.

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