Investidores cobram planos corporativos de mitigação das mudanças climáticas que não dependam da remoção de CO2 da atmosfera

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REUTERS/Henry Nicholls

A Net-Zero Asset Owner Alliance (NZAOA), liderada pelo braço financeiro do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), fez uma atualização no seu Protocolo de Definição de Metas para facilitar a redução das emissões do portfólio de grandes investidores institucionais ao redor do mundo.

Uma das medidas anunciadas é a restrição do investimentos em empresas que utilizam esquemas de remoção de carbono para cumprimento de metas de mitigação antes de 2030. A ideia, de acordo com a aliança, é fazer com que as empresas se concentrem, em primeiro lugar, na redução efetiva de suas emissões ao invés da remoção do carbono que já foi emitido.

A decisão acontece em um momento de incerteza quanto à integridade de alguns esquemas de remoção de carbono. Especialistas vêm apontando inconsistências de alguns créditos de carbono comercializados no mercado global, que não refletem remoções efetivamente feitas.

“Investimentos em remoções de carbono de alta qualidade estimularão a demanda e o desenvolvimento do mercado. No entanto, esperamos que nossos membros priorizem a remoção do mundo real (descarbonização) pelo menos até 2030”, afirmou Jessica Andrews, gerente sênior da NZAOA, citada pela Reuters.O site Edie também abordou as mudanças implementadas pela NZAOA.

ClimaInfo, 6 de fevereiro de 2023.

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