Clima extremo: tempestades causam devastação na Austrália, nos EUA e em Moçambique

ciclone Freddy
EPA

Pela 2ª vez, o ciclone Freddy atingiu Moçambique no último sábado (11/3), causando ao menos uma morte. A tempestade, que já é a mais longeva registrada pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), voltou após sua primeira passagem no país africano, no final de fevereiro.

A tempestade atingiu a região de Quelimane, trazendo fortes chuvas e ventos. Somente nas últimas quatro semanas, Moçambique recebeu mais do que o equivalente a um ano de chuvas, de acordo com a BBC. Agências humanitárias estimam que mais de 500 mil pessoas estão sob risco de crise humanitária em virtude do clima extremo dos últimos dias. A Reuters deu mais informações.

Dilúvio também define o que está acontecendo na Califórnia nos últimos dias. Por conta de um “rio atmosférico” que está trazendo umidade da região polar para a costa oeste dos EUA, a região tem sofrido com fortes e persistentes chuvas desde a semana passada. Para piorar, o estado ainda sente os efeitos de uma forte nevasca, com enormes pilhas de neve nas áreas mais altas.

As chuvas intensas deste inverno elevaram os reservatórios hídricos da Califórnia para os mais altos níveis em mais de uma década.

O estado vinha sofrendo há anos com falta de chuvas e restrições no abastecimento. A situação agora é inversa: as autoridades estaduais pediram a liberação de água em algumas barragens para facilitar o escoamento. Associated Press, CNN, NY Times e Reuters abordaram a situação.

A chuva intensa também está causando problemas na Austrália. O estado de Queensland, no nordeste do país, registrou diversos pontos de inundação, forçando a retirada de cerca de 70 pessoas na cidade de Burketown. O Guardian informou que as autoridades australianas alertaram a população para a presença de crocodilos nas áreas inundadas. ABC Australia e Reuters também repercutiram o impacto das chuvas na Austrália.

ClimaInfo, 13 de março de 2023.

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