Acabar com combustíveis fósseis é solução para a crise climática, diz presidente da Colômbia

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Divulgação

A crise climática pode ser resolvida com o fim da extração de petróleo, carvão e gás. Poderia ser uma frase óbvia, não fosse o fato de ter sido dita por Gustavo Petro, presidente da Colômbia – país que viu sua economia crescer nos últimos tempos justamente por ampliar a exploração de petróleo e gás natural.

“Acreditar que se possa resolver a crise climática com reflorestamento, com revitalização das florestas (…) não é verdade”, afirmou o governante colombiano, na sessão de abertura do Fórum Indígena das Nações Unidas. Para Petro, a solução é “parar de extrair petróleo, carvão e gás”.

O líder colombiano pediu “medidas pragmáticas”, que passam pela paz mundial e “decisões de transição imediata para economias descarbonizadas”. “Que a dívida seja trocada por ação climática, que os estados possam reduzir seu endividamento para que possa surgir um espaço financeiro público que permita avançar resultados climáticos concretos”, propôs.

“Não é que esteja pregando a grande revolução contra o grande capital”, observou Petro. Mas “não podemos esperar do mercado, do capital, a solução para a crise climática” porque levou “40 anos […] para nos convencer de que o mercado pode resolver tudo”, sentenciou.

A participação no Fórum Indígena das Nações Unidas foi a primeira etapa da visita de Gustavo Petro aos Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente Joe Biden. Sua participação no encontro foi noticiada por UOL, IstoÉ, Estado de Minas e Correio do Povo.

Em tempo: O tipo de estudo proposto por ambientalistas – e com apoio público da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (REDE) – a ser executado antes de uma decisão sobre a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas está parado há três governos, relata a epbr. Até o momento, foram contratadas Avaliações Ambientais de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias marítimas de Sergipe e Jacuípe; e para o Solimões (AM), em terra. Consultorias ambientais entregaram as informações aos órgãos da União, mas os atos necessários para concluí-las caíram nos “revogaços” de 2019, no governo do inominável.

ClimaInfo, 19 de abril de 2023.

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