Incêndios florestais forçam retirada de quase 25 mil pessoas no Canadá

Canadá incêndios florestais
Alberta Wildfire/Handout/Reuters

Uma semana de calor recorde no oeste do Canadá forçou milhares de pessoas a evacuar suas casas, enquanto incêndios florestais se alastravam em partes de Alberta, e o rápido derretimento da neve causava inundações no interior da Colúmbia Britânica.

No sábado (6/5), Alberta declarou estado de emergência provincial por causa dos incêndios “sem precedentes”, disse a premiê Danielle Smith, chefe do Partido Conservador Unido (UCP, na sigla em inglês). Até o final da tarde, mais de 24.000 pessoas tinham sido retiradas de suas casas, com 110 incêndios florestais ativos em toda a província e 36 fora de controle, relatou a Reuters.

Alberta é uma das maiores regiões produtoras de petróleo do mundo. Dada a “primavera quente e seca com tantos gravetos, bastam algumas faíscas para iniciar alguns incêndios florestais verdadeiramente aterrorizantes”, disse Smith.

Cerca de 122 mil hectares tinham sido devastados pelos incêndios até sábado – cerca de 1,5 vezes o tamanho da cidade de Nova York. Christie Tucker, gerente da unidade de informação da Alberta Wildfire, disse à CBC que 800 hectares queimaram em média nesta época do ano, relata a DW.

Até a semana passada, o oeste canadense vinha enfrentando uma primavera fria. Mas o rápido início de temperaturas excepcionalmente altas – em alguns lugares, 10°C a 15°C acima da média do início de maio – está causando inundações, além dos incêndios.

É o caso da Colúmbia Britânica, onde a expectativa era que as inundações piorassem no fim de semana, com previsão de fortes chuvas no sul da província. “Os níveis máximos do rio são esperados de sábado a segunda-feira”, disse o River Forecast Center da Colúmbia Britânica em um alerta de inundação, informa o Guardian.

Os efeitos devastadores do clima extremo no Canadá também foram noticiados por CNN, New York Times, Global News e NBC.

Em tempo: Mais de 200 pessoas morreram após fortes chuvas e inundações na província de Kivu do Sul, no leste da República Democrática do Congo, após tempestades torrenciais matarem dezenas na vizinha Ruanda. O governador de Kivu do Sul, Theo Ngwabije, disse que cerca de 100 pessoas estão desaparecidas na região de Kalehe, perto da fronteira com Ruanda. Thomas Bakenge, administrador de Kalehe, o território mais atingido, disse no sábado (6/5) que 203 corpos foram encontrados até agora, informa a AP. No vilarejo de Nyamukubi, onde centenas de casas foram destruídas, equipes de resgate e sobreviventes escavavam as ruínas em busca de mais corpos na lama. Os aldeões choraram enquanto se reuniam em torno de alguns dos corpos recuperados, que jaziam na grama cobertos por panos enlameados perto de um posto de resgate. A tragédia humanitária provocada pelas tempestades no Congo também foi destacada por Guardian, Reuters, Al Jazeera e France24.

ClimaInfo, 8 de maio de 2023.

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