Domo de calor se expande no sul dos Estados Unidos

domo de calor EUA
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O domo de calor que está estacionado no sudoeste dos Estados Unidos e norte do México deve se expandir nos próximos dias, chegando até a região da Flórida, cobrindo assim praticamente todo o sul da América do Norte. Assim, as temperaturas devem subir ainda mais no sudeste norte-americano, com os termômetros superando 37oC, de acordo com o Weather Channel.

Como a Bloomberg observou, quase 1/4 da população dos EUA, cerca de 80 milhões de pessoas, experimentarão temperaturas ainda maiores, de quase 40oC, neste final de semana. A situação é mais grave em Phoenix, no Arizona, onde os termômetros devem bater 48oC nesta 6ª feira (21), sem sinais evidentes de chuva ou de uma queda significativa do calor nos próximos dias. A Associated Press também abordou os efeitos do calor no Arizona.

No vizinho Novo México, a população sem-teto vem sofrendo os impactos do calor com intensidade ainda maior. O Guardian destacou a rotina de um acampamento sem-teto em Las Cruces: sem acesso a ar-condicionado e com cobertura de sombra limitada, as pessoas precisam apelar para “truques” de resfriamento, como projetar refrigeradores evaporativos com um ventilador e molhar periodicamente suas roupas e cabelo. Alguns estão apelando a espaços públicos com refrigeração, como ônibus, para aguentar o calor mais intenso no período diurno.

Já na Flórida, em Miami-Dade, a Bloomberg informou que as autoridades locais devem mudar a dinâmica de trabalho de mais de 300 mil pessoas que atuam ao ar livre. Para cada duas horas de trabalho, os empregados da agricultura e da construção civil deverão ter um descanso de 10 minutos na sombra. Os empregadores também serão obrigados a fornecer água potável e treinamento sobre como detectar e tratar doenças relacionadas ao calor.

O NY Times fez um panorama do calor nos Estados Unidos e como ele está afetando a vida das pessoas.

Em tempo: Um meteorologista norte-americano fez uma sugestão interessante no Guardian: que tal nomearmos as ondas de calor “homenageando” as grandes empresas de combustíveis fósseis, como ExxonMobil, Shell, BP e outras, que nos trouxeram a essa crise climática? A ideia Guy Walton, ex-analista do Weather Channel, é destacar a responsabilidade do Big Oil pelo aquecimento global junto ao público, como se fosse um “patrocínio às avessas”. Por exemplo, a onda atual que assola os EUA foi batizada por ele como “Chevron”.

ClimaInfo, 21 de julho de 2023.

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