Nova onda de calor mantém temperaturas elevadas na Europa

Europa onda de calor
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O forte calor que assola boa parte da Europa segue inclemente. A chegada de uma nova onda de calor deve manter as temperaturas acima do normal nos próximos dias, especialmente na Itália e nos Balcãs, ao sul do continente europeu.

Na Grécia, a persistência do calor preocupa por conta dos incêndios florestais que vêm devastando partes do país nos últimos dias. O maior foco de incêndio até agora, localizado ao norte de Atenas, foi controlado pelos bombeiros nesta 5ª feira (20/7), que contaram com a ajuda de bombardeiros hídricos da União Europeia para apagar as chamas.

Porém, o forte calor deve manter as condições climáticas propícias para o surgimento e a disseminação de novos incêndios. As máximas previstas para o final de semana devem chegar a 46oC no domingo. Bloomberg e Reuters deram mais informações.

Já na Itália, o calor extremo deve dar uma ligeira trégua, mas as temperaturas seguirão bem acima do normal nos próximos dias. Em compensação, o nordeste do país registrou ontem uma forte tempestade, com a queda de granizos do tamanho de um tomate, com algumas pedras superando o diâmetro de 10 cm, de acordo com a Reuters.

Na Espanha, segundo a Associated Press, o forte calor causou a morte de um marroquinho na região de Múrcia, no sudeste do país. As temperaturas chegaram a um pico de 44oC na última 4ª feira (19), com Málaga igualando seu recorde histórico de calor de 44,2oC. Como na Itália, o termômetro deve baixar um pouco nos próximos dias, mas o calor extremo pode dar as caras novamente no domingo – exatamente no dia da importante eleição geral para o parlamento espanhol.

Do outro lado do Mediterrâneo, no norte da África, o calor extremo que assusta os europeus já se tornou algo corriqueiro. “O norte africano é a região de aquecimento mais rápido do continente. Na década de 1970, 42oC era considerado muito quente. Hoje, esse nível é percebido como quase abaixo da média sazonal do verão”, explicou Omar Baddour, da Organização Meteorológica Mundial (WMO), ao jornal francês Le Monde.

Sobre os impactos do calor extremo no norte da África, Baddour destacou a falta de dados, o que dificulta uma projeção dos impactos do El Niño sobre o clima na região. “Parece provável que ele leve a uma redução das chuvas na primavera, que é o período crítico para o crescimento das culturas de cereais. Se confirmado, isso não é uma boa notícia”.

Deutsche Welle, Euronews, Financial Times, Guardian e NY Times, entre outros, também abordaram o calor extremo na Europa.

ClimaInfo, 21 de julho de 2023.

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