
Sidiney de Oliveira Silva, conhecido como Nenê, atuava no combate a incêndios florestais na Ilha do Bananal, no Tocantins; a principal suspeita é de execução.
O brigadista Sidiney de Oliveira Silva foi assassinado na manhã do último sábado (15/6) na porta de sua casa, na Aldeia Imotxi II, na Ilha do Bananal, no Tocantins. A morte aconteceu por volta das 7h30, enquanto a vítima fazia manutenção em seu carro, quando foi alvejada por um disparo de espingarda cartucheira.
Um vizinho de Nenê informou aos policiais que um suspeito, ainda não identificado, foi avistado parado em uma moto na esquina da rua antes do crime, observando a movimentação. O disparo que matou o brigadista teria partido de uma casa abandonada em frente à residência da vítima, informou o g1.
Silva, também conhecido como Nenê, era presidente da Associação de Brigadistas da Brigada Federal Nordeste e trabalhava para o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) do IBAMA. A Polícia Civil de Tocantins ainda apura o caso, mas a principal suspeita é de que a morte tenha sido encomendada.
De acordo com O Globo, ele vinha sendo ameaçado por fazendeiros e grileiros por impedir queimadas e invasões em Terras Indígenas na região da Ilha do Bananal. As ameaças foram corroboradas pelo presidente da Associação dos Servidores do IBAMA, Wallace Lopes, que relatou à Agência Brasil que a atuação de Nenê em favor do meio ambiente e dos Povos Indígenas atraiu inimizades.
“Nenê era um defensor incansável da Ilha do Bananal. Infelizmente a cobiça de alguns destrói a vida na maior ilha fluvial do planeta, despedaçando agora também a vida de nosso amigo. No segundo país que mais mata ambientalistas do mundo, e apenas dez dias após o Estado brasileiro prestar homenagem à morte de nosso amigo Bruno Pereira, prometendo que isso jamais iria se repetir, temos que enterrar mais um camarada. Até quando?”, questionou o coordenador de política de proteção e localização de indígenas isolados da FUNAI, Guilherme Martins, em nota.
A morte de Sidiney de Oliveira Silva também foi abordada por CNN Brasil, Folha, g1, ((o)) eco, UOL e VEJA, entre outros veículos.
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ClimaInfo, 19 de junho de 2024.
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