O abastecimento de Manaus preocupa as autoridades federais, que discutem formas de estocar mantimentos enquanto o transporte fluvial seguir prejudicado pela seca na região amazônica.
A intensificação da seca na Amazônia pode inviabilizar o transporte fluvial e isolar Manaus do ponto de vista logístico do resto do país. De acordo com o Estadão, o governo federal discute a possibilidade de estocar combustíveis e outros mantimentos para evitar um desabastecimento generalizado na cidade mais populosa da Amazônia, com 2 milhões de habitantes.
O abastecimento de Manaus também poderia ser mantido através de Itacoatiara (AM), mais próxima da foz do rio Amazonas e com acesso terrestre à capital do estado. De toda forma, o governo está preocupado com o risco de roubo de cargas por “piratas”, o que está sendo analisado pela Polícia Federal.
Se em Manaus a seca já ameaça o fornecimento de itens básicos, o desabastecimento já é uma realidade no interior do Amazonas. O g1 destacou a situação das comunidades na zona rural de Manaquiri, na bacia do rio Solimões, que sofrem com a falta de água potável.
O Solimões atingiu seu nível mais baixo da história na última 6a feira (30/8), com a cota média estimada em -0,94 metro na cidade de Tabatinga, de acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). Ontem (3/9), o nível do rio atingiu -1,22 metro. Os números são negativos exatamente porque eles estão abaixo da régua de medição. Os dados apontam que esta é a maior seca em, pelo menos, 40 anos.
Em tempo: Dados do Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA), indicam que a seca que assola a maior parte do Brasil ganhou força nos últimos dias. A estiagem se agravou em 15 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. CNN Brasil e SBT deram mais detalhes.
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ClimaInfo, 4 de setembro de 2024.
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