Comunidades inteiras do arquipélago francês de Mayotte foram arrasadas quando a tempestade atingiu a terra e causou rajadas de vento de mais de 225 km/h.
Até ontem (15/12), o arquipélago de Mayotte, território francês na costa sudeste da África, no Oceano Índico, contabilizava 11 mortes após a passagem do ciclone Chido. Mas o prefeito da ilha, François-Xavier Bieuville, disse que “definitivamente serão várias centenas” de mortos quando os danos forem totalmente avaliados, sendo possível que “alguns milhares tenham morrido”.
Comunidades inteiras de Mayotte foram arrasadas quando Chido atingiu a terra no fim de semana com rajadas de vento de mais de 225 km/h, relata a BBC. Segundo o instituto meteorológico francês, a tormenta foi a mais intensa a atingir o território ultramarino francês em mais de 90 anos, informa o g1.
Localizado a noroeste de Madagascar, Mayotte é um arquipélago composto por uma ilha principal, Grand-Terre, e várias outras menores. A maioria dos cerca de 300.000 habitantes vive em barracos com telhados de chapa metálica, e dezenas de milhares perderam suas casas. Conexões de eletricidade, água e internet estavam todas inoperantes.
Após devastar Mayotte, Chido seguiu para Moçambique, informam DW e Euronews. O ciclone parece ter ganhado força à medida que avançava em direção ao país, cerca de 40 km ao sul da cidade de Pemba, no norte, disseram os serviços meteorológicos.
Segundo informações da UNICEF, a província moçambicana de Cabo Delgado, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas, foi a primeira região a ser atingida. Muitas casas, escolas e unidades de saúde foram parcial ou completamente destruídas.
O porta-voz da UNICEF Moçambique, Guy Taylor, disse que há comunidades sob risco de ficar sem acesso a escolas e unidades de saúde por semanas. Além disso, autoridades do país alertaram para um alto risco de deslizamentos de terra.
Reuters, CNN, France24, RFi e UOL também noticiaram a passagem de Chido por Mayotte e sua chegada a Moçambique.
__________
ClimaInfo, 16 de dezembro de 2024.
Clique aqui para receber em seu e-mail a Newsletter diária completa do ClimaInfo.