
Depois de sucessivas ondas de calor e várias partes do país sem ver uma só gota de chuva, os próximos dias deverão trazer um “refresco” nas altas temperaturas. Mas, por outro lado, o risco de chuvas fortes aumentará, e com elas a possibilidade de inundações e deslizamentos.
Parte disso é resultado de uma frente fria que sobe da Região Sul para o Sudeste, informa a Agência Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o avanço favorecerá a ocorrência de chuvas intensas em áreas do Rio de Janeiro, do sul de Minas Gerais e da região metropolitana de São Paulo.
A capital paulista, aliás, registra temperaturas acima dos 30°C desde o dia 15 de fevereiro, lembra o g1. Em 2 de março, os termômetros do Mirante de Santana, estação meteorológica localizada na Zona Norte, marcaram uma máxima de 34,8°C, a maior do ano e a mais alta para um mês de março da história. No verão, a média de referência para temperaturas máximas é de 28,7°C. Em março, de 28°C.
No Sul, em áreas da faixa leste de Santa Catarina, como a região metropolitana de Florianópolis e o Vale do Itajaí, juntamente com o leste do Paraná, as condições do tempo também apontam para chuvas intensas, de 50 a 100 mm. Para esses locais o INMET emitiu o aviso laranja (perigo) – ou seja, há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.
O alerta laranja vale também para regiões do Ceará, do leste do Maranhão, norte do Piauí, extremo oeste do Rio Grande do Norte e de Paraíba, além do norte do Amapá e áreas do Acre e Amazonas, relata a CNN. Os temporais também podem atingir o nordeste do Pará.
No Norte, segundo o INMET, ainda é possível observar a influência da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Com isso, estados da região poderão registrar acumulados de chuva de até 100 mm e ventos de até 100 km/h.
Já no Centro-Oeste, a tendência para a semana indica os maiores acumulados de chuva no Mato Grosso. Já no Mato Grosso do Sul, a chuva deve ser satisfatória no período na maioria das áreas, com excessos isolados. Tendência semelhante em Goiás, mas o leste goiano deve ter ainda menos chuva que o normal, detalha o MetSul.
Climatempo, g1 e Metrópoles também noticiaram o “refresco” das temperaturas no Centro-Sul do país.
Em tempo: Com as ondas de calor persistentes no Brasil desde o início do ano, a sensação é de que o fenômeno La Niña, que esfria as águas no oceano Pacífico, não deu as caras. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), sua presença foi sentida, mas bem menos intensamente do que o previsto em dezembro de 2024, por causa das mudanças climáticas, informa o UOL. Atualmente as temperaturas da superfície do Pacífico Equatorial estão inferiores à média por causa do La Niña, mas devem voltar rapidamente à normalidade, afirma a OMM.