Agentes do ICMBio são atacados na RESEX Chico Mendes, no Acre

Criminosos incendiaram estradas, destruíram pontes, cortaram cercas e tentaram queimar o acampamento de fiscais.
17 de junho de 2025
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Raimundão, primo de Chico Mendes. Foto: Ramom Aquim/InfoAmazonia

Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foram alvo de ataques criminosos na madrugada de domingo (15/6) durante a Operação Suçuarana na Reserva Extrativista (RESEX) Chico Mendes, no Acre.

Os criminosos incendiaram estradas, destruíram pontes, cortaram cercas e tentaram queimar o acampamento da equipe de fiscalização, em ações que, segundo o ICMBio, tinham como objetivo intimidar os agentes e impedir o combate a crimes ambientais na região.

Como informou o g1, moradores da RESEX fecharam a BR-317 na entrada de Xapuri no último dia 8 em protesto contra a fiscalização ambiental, mantendo a via interditada até as 19h do dia seguinte. Após a suspensão do bloqueio, os manifestantes continuaram se organizando e voltaram a interditar a rodovia na 6a feira (13/6), alegando que as ações de fiscalização estavam prejudicando sua produção e prendendo seu gado, conforme nota divulgada convocando novos protestos contra o que consideram medidas que afetam os trabalhadores locais.

“Essa ação visa atingir alvos muito específicos, onde já houve ações reiteradas de notificação para retirada de invasores, de ocupantes irregulares, de retirada de gado. Então, ela tem um caráter educativo. De forma contínua, o ICMBio vem identificando áreas com infrações ambientais, cujos pedidos de retirada de gado não têm sido atendidos”, disse a gerente regional do ICMBio, Carla Lessa, ao InfoAmazonia.

A Reserva Extrativista Chico Mendes, criada para proteger tanto os recursos naturais quanto o modo de vida das Populações Tradicionais que dependem da floresta, vem sofrendo com a expansão ilegal da pecuária. Essa atividade criminosa representa uma dupla ameaça: ao meio ambiente, através do desmatamento, e às comunidades extrativistas locais, que têm sua sobrevivência diretamente ligada à preservação da floresta.

Apesar dos ataques, a operação continua em andamento, com o instituto tendo registrado as ocorrências e acionado órgãos de segurança pública e o Ministério Público Federal. Agência Brasil, BNC Amazonas e g1, entre outros, repercutiram a notícia.

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