Denise Garrett, vice-presidente do Instituto de Vacinas Sabin (EUA), recomenda o “reset“ prescrito pela OMS quando é ultrapassado o índice de 1 novo caso de COVID-19/dia/100 mil habitantes, informa Marcelo Leite na Folha. A média mundial anda por 3,3 casos/dia/100 mil – já fora de controle, portanto. No Brasil estamos com 21 casos novos por dia por 100 mil habitantes, sete vezes o escore mundial (nosso novo “7×1”, diz Marcelo Leite). O Nordeste (19,5) e o Sul (20) estão próximos da média nacional. O Sudeste está com 17,6, o Norte com 24,9 e o Centro-Oeste com 38,5 (!). O Distrito Federal, centro do negacionismo pandêmico, está com 65,9 casos/dia/100 mil.
As desigualdades social e racial brasileira aparecem em toda sua injustiça quando se observa a distribuição de casos dentro dos municípios: “A diferença no risco de morrer entre os bairros paulistanos de menor e maior nível socioeconômico pode chegar a 66% (…) caso sejam incluídos na conta os óbitos suspeitos, muitas vezes não confirmados por falta de testes”, mostra um levantamento feito por pesquisadores da USP.
Em tempo: Vale ler a análise objetiva feita por Drausio Varella dos erros políticos e sociais que nos levaram ao triste e assustador patamar de mil mortes por dia.
ClimaInfo, 17 de agosto de 2020.
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