O avanço devastador do desmatamento ilegal parece não ter freios. Mas comunidades como a da Terra Indígena Maró resistem, e sua presença tem sido garantia de conservação. A chegada de Bolsonaro ao poder está mudando as coisas e trazendo uma nova ameaça: a daqueles que se sentem protegidos pelas palavras agressivas do presidente contra os Povos Indígenas e contra a Amazônia. Muitos dos seguidores do presidente acreditam que podem finalmente fazer o que quiserem, levando a sério a fala de Bolsonaro que enquadra os Povos Indígenas como um “obstáculo à agroindústria e ao desenvolvimento”. A matéria do El País relata a situação da TI Maró e conta a história de Ednei, jovem indígena ativo no grupo de vigias da TI do município paraense de Santarém.
De seu lado, Sue Brandford e Thais Borges seguem com a série de matérias na Mongabay sobre o desmatamento ilegal da Amazônia. O foco da nova matéria são os muito ataques que o governo Bolsonaro está lançando contra o Ibama e o ICMBio, a redução recorde no número de operações contra o desmatamento e a redução, igualmente grande, na apreensão de madeira ilegal. As jornalistas usam expressões fortes em inglês, como ‘gut environmental agencies’ – estripar ou esvaziar as agências ambientais e ‘defang deforestation enforcement’ – arrancar os dentes da fiscalização do desmatamento. O artigo todo – os dados, as informações e as fotos – é de primeira qualidade.
ClimaInfo, 12 de junho de 2019.
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