Geoengenharia: milagre ou ilusão?

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Sempre que se discute a gravidade e a complexidade da crise climática e seu enfrentamento, alguém aponta para a geoengenharia (ou restauração climática) como uma eventual “bala de prata”, uma solução que poderia retirar de maneira rápida volumes enormes de carbono da atmosfera, nesta reduzindo a concentração excessiva de gases de efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento anormal do planeta.

No entanto, como o climatologista Joeri Rogelj comenta para a Deutsche Welle, discutir metas de restauração climática de longo prazo “tiram o foco do desafio realmente importante que temos hoje, que é mudar a direção da curva das emissões”. Isso porque, a despeito da promessa de solução rápida para a captura de carbono, essas tecnologias ainda estão em estágio inicial e não oferecem um caminho viável de curto prazo para aplicação.

Ou seja, a medida mais efetiva para evitar que o planeta aqueça mais de 1,5°C continua sendo a redução drástica das emissões de gases de efeito estufa. Sem isso, não há mágica que resolva a situação.

 

ClimaInfo, 05 de fevereiro de 2020.

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