Comandante da PM de Rondônia diz que “é melhor preservar vidas do que vegetação”

Rondônia desmatamento

No começo de junho, a Polícia Militar de Rondônia suspendeu o apoio a operações de combate ao desmatamento no estado. A justificativa era de que as ações expunham os oficiais a “riscos desnecessários, decorrentes da revolta da população” pela destruição de equipamentos utilizados para desmatamento e garimpo na floresta.

Para o comandante da PM do estado, coronel Alexandre Luís de Freitas Almeida, “é melhor preservar vidas do que vegetação (…) Nossos policiais estão correndo risco de vida enorme, revoltando a população local com as destruições”, afirmou à reportagem da Amazônia Real. “Esta determinação de suspensão temporária das operações em apoio [ao Ibama] tão somente expressa o cuidado com o nosso efetivo, com as pessoas de um modo geral e com a política do governo”.

A suspensão do apoio da PM a ações contra o desmatamento ilegal acontece no começo da temporada de queimadas na região. Dados do INPE mostram que, de janeiro a junho deste ano, foram detectados 318 focos de incêndio em Rondônia, 94 apenas em junho, o que representa um aumento de 22,7% na comparação com o mesmo período no ano passado.

O Ministério Público de Rondônia e o Ministério Público Federal (MPF) no estado determinaram que a PM volte a dar apoio às operações do Ibama e do ICMBio. No começo da semana, o governo do estado informou que a corporação retomaria a colaboração com os órgãos ambientais até o final desta semana.

 

ClimaInfo, 25 de junho de 2020.

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