Depois de seca, regiões da China se preparam para tempestades e enchentes-relâmpago

seca China
Reuters

Depois de meses com forte calor e seca, o sudoeste da China se prepara para enfrentar fortes tempestades nos próximos dias, que podem causar inundações-relâmpago e outros danos. A previsão é de que chuvas intensas caiam em partes da província de Sichuan e da cidade de Chongqing pelo menos até esta 3a feira (30/8). Mais de 100 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas por risco de inundação e deslizamento de terra.

A chuva deve aliviar parcialmente o aperto sofrido pelos chineses nas últimas semanas. Por causa da seca, especialmente na região central do país, centros econômicos e urbanos importantes experimentam restrições no consumo de água e de energia elétrica. Os agricultores também sofrem com a falta d’água e torcem para que as chuvas consigam salvar ao menos parte da safra do outono. Associated Press e Reuters deram mais informações.

Por outro lado, o governo chinês segue preocupado com a produção de grãos no leste do país, também prejudicada pelo calor intenso deste verão. A situação dos produtores de arroz das províncias de Jiangsu e Anhui é a mais crítica, com a expectativa de que a maior parte da próxima safra seja perdida pelo tempo extremo.

Em tempo 1: O calor intenso também é problema no oeste dos EUA. De acordo com a Bloomberg, a expectativa é de que as temperaturas subam para cerca de 38°C no sul da Califórnia, a leste de San Diego e Los Angeles, com o calor se estendendo para uma área que vai desde a fronteira noroeste, do estado de Washington, até o Arizona, ao sul. Até 44 recordes de temperatura alta podem ser empatados ou superados nesta semana.

Em tempo 2: A seca na Europa atingiu em cheio a indústria turística dos cruzeiros fluviais. O prejuízo não é pequeno: de acordo com o NY Times, o setor transportou mais de 1,6 milhão de pessoas em 2018, último ano com dados consolidados, especialmente turistas mais velhos, dos EUA, com maior poder aquisitivo – e, logo, mais dinheiro a gastar com luxos. No entanto, a queda acentuada do nível de rios importantes, como Reno e Danúbio, fez com que as viagens fossem suspensas em diversos trechos.

 

ClimaInfo, 30 de agosto de 2022.

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