Ativistas de várias causas esperam que a COP27 seja a conferência da Justiça Climática, registram Estadão, CBN e Época.
Na Folha, Douglas Belchior, Mariana Belmont e Sheila de Carvalho cobram a racialização da políticas públicas ambientais e, de quebra, do debate climático: “O mundo tem demonstrado a importância de trazer o debate racial para o centro da negociação climática, o que ainda não encontra ampla adesão – ou é negado – pelos movimentos ambientalistas no Brasil”.
Marina Marçal, do iCS, defende, no Geledés, a necessidade das políticas climáticas dialogarem com as especificidades locais, ouvindo quem resiste nos territórios e reconhecendo as interseccionalidades. E provoca: “Após 27 COPs é possível que avancemos na busca por soluções climáticas se os espaços formais e de tomada de decisão continuarem sendo compostos por uma maioria, e, por vezes, quase exclusiva, de homens brancos?”
Ativistas jovens demandam participação na COP para pressionar por ações que levam à Justiça Climática: “A solução, então, é dar ainda mais poder para as falas jovens e periféricas, pois estas são as maiores afetadas pelas mudanças climáticas”, declara o diretor-executivo do Instituto Ayíka, Marcelo Rocha, para a Capricho.
O grupo Mulheres Unidas pelo Clima demonstra grande expectativa na criação de um mecanismo global para investimentos em adaptação, o que está diretamente ligado à Justiça Climática.
É certo que a sociedade civil global vem fazendo pressão pela Justiça Climática, mas Flávia Bellaguarda – do LA Clima – alerta, em artigo publicado n’O Globo e no Valor, ser prematuro afirmar que a COP27 será a conferência da Justiça Climática, já que isso dependerá dos desfechos das articulações políticas. A ver.
ClimaInfo, 7 de novembro de 2022.
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