PF fecha garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará

16 de maio de 2024
PF garimpo ilegal Terra Indígena Kayapó
PF/Divulgação

Ação da PF fechou três garimpos no município de Bannach, no sudeste do Pará, dentro da reserva Kayapó; não houve prisões, mas suspeitos foram identificados.

Na semana passada, a Polícia Federal realizou mais uma operação de combate ao garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Kayapó, no Pará. A ação mirou a região conhecida como “Garimpo da Pista Branca”, onde foram fechados três pontos de extração ilegal de ouro.

Os agentes da PF inutilizaram três escavadeiras hidráulicas, quatro motores, três estruturas de apoio, duas caixas de coleta de ouro e uma moto. Um aparelho de celular também foi apreendido. A ação não resultou em pessoas detidas, mas a PF informou que os responsáveis pelo garimpo ilegal já foram identificados e que serão responsabilizados nos inquéritos que serão instaurados.

A Terra Kayapó é uma das áreas indígenas mais devastadas pelo garimpo ilegal na Amazônia Legal. Um levantamento recente do MapBiomas mostrou que o território possui quase 14 mil hectares ocupados pelo garimpo, dos quais 9,6 mil ficam a menos de 500 metros de corpos d’água. Essa proximidade representa uma ameaça à saúde das comunidades indígenas, que utilizam a água para seu sustento e que estão cada vez mais expostos à contaminação por mercúrio deixado pelo garimpo.

Agência Brasil, CNN Brasil, g1 e UOL, entre outros, deram a notícia.

Em tempo 1: O portal ((o)) eco informou que um grupo de garimpeiros invadiu na última 3ª feira (14/5) o município de Humaitá, a 590 km de Manaus, após mais uma operação da PF e do IBAMA destruir dragas de garimpo ilegal na região. Segundo moradores, os garimpeiros ocuparam a orla da cidade, bloquearam o trecho da BR-320 (vulgo Transamazônica) e tentaram atacar o prédio da FUNAI e o campus da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). A prefeitura de Humaitá, encabeçada por Dedei Lobo (União Brasil), se alinhou aos garimpeiros e chegou a cancelar os eventos comemorativos do aniversário do município em “solidariedade às famílias diretamente atingidas” pela operação antigarimpo.

Em tempo 2: Uma análise do jornal O Globo, a partir de imagens de satélite, mostrou o avanço de garimpeiros e madeireiros sobre a Terra Indígena Karipuna, em Rondônia. O território, que possui cerca de 153 mil hectares, ocupa a 8ª posição no ranking do desmatamento, com 48,6 km2. Segundo o levantamento, o ritmo de desmatamento foi relativamente baixo até 2018, quando a devastação ganhou mais força. Em 2022, ela apresentou seu maior aumento histórico (17,41 km2, alta de 10,36% em relação ao ano anterior). Em compensação, em 2023, houve uma queda de 12,07% no desmatamento.

 

 

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ClimaInfo, 17 de maio de 2024.

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