Mesmo com resultados importantes na COP27, é praticamente consenso entre diplomatas e observadores que o processo de negociação em Sharm el-Sheikh foi um dos mais acidentados desde a hecatombe política da COP15 de Copenhague, em 2009. Isso pode resultar em mudanças no modelo de negociação da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima (UNFCCC), responsável pelas Conferências.
O secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, reconheceu ao Financial Times que pretende “revisar e procurar áreas de melhoria” no funcionamento das negociações, com vistas a torná-las mais eficazes. “O processo precisa ser o mais simplificado possível”, disse.
Uma das broncas mais fortes está no comportamento da Presidência da COP27, encabeçada pelo ministro egípcio do exterior Sameh Shoukry. Para alguns negociadores, a falta de transparência foi um problema grave que comprometeu o funcionamento da Conferência.
Falta de foco e de organização nas conversas, documentos divulgados em cima de hora, diversas sessões fechadas a observadores não-governamentais e o ambiente de perseguição imposto pelas autoridades egípcias estão entre os problemas mais citados. O Valor também repercutiu a notícia.
ClimaInfo, 22 de novembro de 2022.
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