Força Nacional ficará na Terra Indígena Sararé, em MT, por mais 90 dias

21 de fevereiro de 2024
Força Nacional Terra Sararé
Marcelo Camargo / Agência Brasil

Ministério da Justiça prorrogou a presença dos agentes de segurança para retirar os garimpeiros invasores; local é alvo de extração ilegal desde os anos 1990.

A FUNAI conseguiu o apoio da Força Nacional de Segurança Pública nas operações de combate ao garimpo na Terra Indígena Sararé (MT) por mais tempo. De acordo com o Ministério da Justiça, os agentes ficarão por mais 90 dias no território para ajudar na retirada de invasores e na proteção das comunidades indígenas.

As ações se iniciaram em 2022, depois que o Ministério Público Federal (MPF) obteve uma decisão judicial forçando o governo do então presidente inominável a agir no combate ao garimpo na Terra Sararé. Estima-se que cerca de 5 mil garimpeiros atuavam dentro do território na época da denúncia. O local é alvo de extração ilegal de minérios desde os anos 1990. 

Em agosto de 2022, a Polícia Federal prendeu a empresária Marlene Araújo, acusada de chefiar uma organização criminosa responsável por atividades de garimpo dentro da Terra Sararé. Na época, os agentes da PF encontraram joias de ouro e pedras de diamante escondidas em papelotes na casa da acusada, conhecida como “Rainha do Sararé”.

A fiscalização se intensificou em 2023, já sob a gestão do presidente Lula. Em julho passado, o IBAMA destruiu 19 escavadeira hidráulicas utilizadas em um garimpo ilegal na Terra Sararé. Além da fiscalização direta, a FUNAI mantém um Centro de Monitoramento Remoto, com acompanhamento da situação do território por imagens de satélite.

O Ministério da Justiça também prorrogou a participação da Força Nacional em operações de segurança pública nos municípios de Tomé-Açu e Acará, no nordeste do Pará. A região é palco da Guerra do Dendê, com ataques na Terra Indígena Turé-Mariquita e as comunidades quilombolas Alto Acará e Nova Betel. As populações acusam a empresa Brasil Biofuels (BBF), produtora de óleo de palma, como a responsável pelas agressões.

Agência Brasil e Poder360 deram mais informações.

Em tempo: Fontes do Palácio do Planalto informaram a CNN Brasil que o Ministério da Defesa propôs a criação de pelo menos dois Destacamentos Especiais de Fronteiras (DEF) do Exército para segurança da Terra Yanomami, em Roraima. A proposta faz parte da resposta dos militares às cobranças do governo federal por mais proatividade no combate ao garimpo e na proteção das comunidades Yanomami.

 

ClimaInfo, 22 de fevereiro de 2024.

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