Investimentos em sistemas alternativos de monitoramento via satélite trazem preocupação sobre esvaziamento do INPE

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A insistência do ministério da defesa e da Polícia Federal em contratar sistemas alternativos de monitoramento via satélite da Amazônia está intrigando especialistas e levantando preocupações sobre a possibilidade de o governo federal esvaziar o INPE, um dos órgãos científicos brasileiros mais respeitados no mundo.

No UOL, Rubens Valente lembrou os embates entre Bolsonaro e Salles com o então diretor do INPE, Ricardo Galvão, quando no ano passado os dados apontavam para uma alta do desmatamento. Desde então, vira-e-mexe o governo tenta encontrar maneiras alternativas para obter essas informações sem depender do INPE, ao mesmo tempo em que realiza cortes substanciais no orçamento do instituto. A reportagem citou o cientista Gilberto Câmara, que também dirigiu o INPE, ao apontar para o risco de esvaziamento do órgão. “O cenário é desesperador. Não é inesperado no sentido de que há uma lógica nessa loucura, mas ao mesmo tempo é desesperador no sentido de ver que não se trata, como se quer fazer crer, de uma austeridade geral. O que está acontecendo é a transferência substancial dos gastos nos órgãos-fim, em instituições de Estado, como INPE e Ibama, para projetos que não têm nenhuma garantia no futuro”, disse Câmara

 

ClimaInfo, 8 de setembro 2020.

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