Emissões de carbono decorrentes de incêndios florestais batem recorde em agosto

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O verão de 2021 fecha no hemisfério norte com incêndios florestais históricos e, por consequência, o maior volume de emissões de carbono decorrentes dessa destruição dos últimos 18 anos. De acordo com a agência europeia Copernicus, a queima de florestas liberou 1,3 bilhões de toneladas (gigatoneladas) de CO2 apenas em agosto passado, o maior número desde o começo das medições, em 2003. As áreas mais afetadas pelo fogo foram a Sibéria e a porção oeste da América do Norte. “Altas temperaturas coincidindo com condições de seca são um grande contribuinte para o risco de incêndios florestais. As condições secas incluem falta de chuva e solo mais seco do que a média”, explicou a agência em nota.

“Embora as condições climáticas locais desempenhem um papel no comportamento real do fogo, a mudança climática está ajudando a fornecer os ambientes ideais para incêndios florestais”, disse Mark Parrington, cientista sênior do Serviço de Monitoramento da Copernicus, à Bloomberg. “O que se destacou como inusitado foi o número de incêndios, o tamanho das áreas em que estavam queimando, a intensidade e também a persistência.”

O fogo foi marcante em diversos pontos do hemisfério norte neste verão. No sul da Europa, incêndios devastaram áreas na Turquia, Grécia, Itália, França e Espanha. Mais ao norte, Rússia e Finlândia também lidaram com episódios de fogo relacionados com o clima mais quente e seco desta estação. A situação foi parecida na costa ocidental dos EUA e do Canadá, que testemunhou uma de suas temporadas de incêndios florestais mais devastadoras da história.

O Guardian também repercutiu essa notícia.

 

ClimaInfo, 22 de setembro de 2021.

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