Jornalismo ambiental e regional

Nesta aula, a jornalista Maristela Crispim fala sobre os desafios da cobertura ambiental com enfoque regional no Nordeste brasileiro. A região tem características múltiplas em sua vegetação, no clima e nos cenários e contextos sociais, o que exige dos jornalistas um olhar sistêmico apurado.

    Destaques da aula

  • Para realizar a cobertura ambiental na região Nordeste é preciso conhecer os diferentes climas e biomas em seu território, além dos variados cenários e contextos sociais.
  • O Nordeste abriga os biomas: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, além de uma pequena área de Floresta Amazônica.
  • Em relação ao clima, nos estados nordestino há dois deles: o semiárido, que ocupa a maior parte da região, e o equatorial úmido, presente na divisa com o Maranhão.
  • Nas coberturas ambientais e climáticas, os jornalistas precisam ouvir muitas fontes e conhecer variados olhares, para, assim, conseguir reproduzir um retrato mais fiel da realidade da região.

Duração

60 min

Professor(a)s

Maristela Crispim é editora-chefe da Agência Eco Nordeste. Graduada em Comunicação Social e mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Maristela já foi coordenadora de projeto na Virada Sustentável, professora na Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e editora no Diário do Nordeste. Possui experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Ambiental, atuando principalmente em Agroecologia, Biodiversidade, Bioma Caatinga, Bioma Mata Atlântica, Consumo Consciente, Desertificação, dentre outros.

Realizar a cobertura de pautas ambientais já é, por si só, um grande desafio para jornalistas, tendo em vista a complexidade dos temas envolvidos, como os que envolvem as  mudanças climáticas, a biodiversidade, entre outros. No Nordeste, a missão se torna ainda mais difícil, já que a região tem diferentes climas e biomas em seu território, além de cenários sociais bastante diferentes.

Sobre os biomas, os estados do Nordeste abrigam, em sua maioria, a Caatinga, com seu cenário savânico típico do sertão. Porém, há também, nas regiões litorâneas, resquícios da Mata Atlântica, que são como ilhas verdes que garantem, inclusive, a disponibilidade hídrica em grandes extensões das depressões sertanejas.

Existem, ainda, as matas ciliares, que incluem mangues, restingas e dunas. São como pequenas florestas, que protegem as margens dos rios, prevenindo erosões. É exatamente a retirada dessas matas que desenha cenários propícios para alagamentos e tragédias.

Por fim, há o Cerrado, bioma encontrado na Bahia, Piauí e Maranhão, e muito pressionado pelos avanços do agronegócio.

Em relação ao clima, nos estados nordestino há dois deles: o semiárido, que ocupa a maior parte da região, e o equatorial úmido, presente na divisa com o Maranhão.

Diante desse panorama tão diverso, os jornalistas precisam ter em mente que, em uma matéria sobre questões ambientais e climáticas, será sempre necessário ouvir muitas fontes e conhecer variados olhares, para, assim, conseguir reproduzir um retrato mais fiel da realidade. As manchetes não podem ser simplistas, e as coberturas precisam explicar, problematizar e apontar caminhos, aproximando as pessoas das questões (complexas) envolvidas e contextualizando-as de seu papel nesse processo.

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