- O modelo REED+ (Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal) é um sistema baseado no pagamento por serviços ambientais, cujas práticas estão calcadas na conservação, no manejo sustentável de floresta e no aumento de estoques florestais. Trata-se de uma nova economia de baixo carbono que valoriza os habitantes da floresta e o uso sustentável dos recursos naturais.
- Uma oportunidade que o modelo REED+ abarca é a de créditos de carbono, mercado atrelado, principalmente, a compromissos corporativos de compensação de emissões de gases de efeito estufa.
- O Brasil ainda não conta com regulamentações que permitam que o país atenda esta demanda.
Destaques da aula
Duração
Professor(a)s
Existem muitas formas de se gerar lucro e desenvolvimento econômico mantendo a floresta em pé. Nesta aula, o gestor ambiental Pedro Soares explica o modelo REED+ (Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal), sistema baseado no pagamento por serviços ambientais, cujas práticas estão baseadas na conservação, no manejo sustentável de floresta e no aumento de estoques florestais. Trata-se de uma nova economia de baixo carbono pautada na valorização dos habitantes da floresta e no uso sustentável dos recursos naturais.
A Amazônia ocupa cerca de 60% do território nacional, porém, gera apenas aproximadamente 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mesmo com 20% de suas áreas já desmatadas. Esse cenário demonstra como a geração de riqueza não é proporcional ao desmatamento da floresta.
Uma oportunidade que o modelo REED+ abarca é a de créditos de carbono, mercado atrelado, principalmente, a compromissos corporativos de compensação de emissões de gases de efeito estufa. Nessa modalidade, remunera-se os donos de terras pela manutenção da floresta em pé, com base no serviço ambiental prestado. O mercado de créditos de carbono se expandiu muito nos últimos anos, em âmbito global. Contudo, o Brasil ainda não conta com regulamentações que permitam que o país atenda tais demandas. Por isso, o país tem hoje menor representatividade nesse mercado do que outros países com menor área de floresta, como o Peru.
O que já acontece aqui são iniciativas de menor proporção, como um projeto desenvolvido pela Natura, em parceria com o Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) e a cooperativa RECA, no qual produtores agroflorestais que já fornecem matérias-primas para a empresa foram cadastrados e tiveram suas propriedades mapeadas. A partir de um monitoramento periódico, eles passaram a ser remunerados não só pelos insumos, mas também pelas áreas preservadas de suas terras, gerando um novo ativo para a comunidade.