Empreendedorismo e aceleradoras de startups na Amazônia

Nesta aula, a economista Ana Bastida fala sobre novos modelos de negócios que trazem oportunidades de desenvolvimento sustentável, mantendo as florestas em pé. Ela explica, ainda, como estão as oportunidades para empreendedores e aceleradoras de startups na Amazônia – trazendo também exemplos bem-sucedidos.

    Destaques da aula

  • É preciso pensar em novos modelos de negócio que tenham a floresta em pé como geração de riqueza para combater o desmatamento na Amazônia.
  • Deve-se criar uma nova economia para a região que seja pautada em inovação e sustentabilidade. Apenas políticas públicas ou filantropia não resolverão a situação de forma perene.
  • As atividades envolvem, entre outras inovações, turismo de base comunitária, artesanato, cooperativismo extrativista e tecnologia a favor da logística.
  • O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) é uma organização científico-política criada em 1988, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pela Organização Meteorológica Mundial. O colegiado reúne cientistas de todo o planeta para analisar os impactos das ações humanas sobre o clima.

Duração

19 min

Professor(a)s

Ana Bastida é economista formada na ESALQ/USP, com experiência em aceleração e investimentos em negócios sustentáveis, práticas de produção sustentável, atividades de mitigação a mudanças climáticas e processos relacionados a ESG (Environmental, Social and Governance). Atua no IDESAM. Realizou estudos e atividades para desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis na Amazônia, trabalhando diretamente com agricultores familiares, comunidades rurais e ribeirinhas e populações tradicionais na área de desenvolvimento socioeconômico. Nos últimos sete anos têm guiado sua carreira para contribuir para uma economia mais sustentável, justa e inclusiva.

Para que o desmatamento na Amazônia seja de fato combatido, é preciso pensar em novos modelos de negócio que tenham a floresta em pé como base de geração de riqueza. Enquanto não houver alternativas consistentes promovendo renda sem degradar, o fator econômico seguirá pendendo a balança negativamente, prejudicando os aspectos social e ambiental do tripé da sustentabilidade.

De acordo com a economista Ana Bastida, só em 2020, a área desmatada na Amazônia equivaleu a sete vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Este cenário agrava as crises climática e ambiental e faz com que fundos internacionais observem como insuficientes os esforços brasileiros de preservação da Amazônia, retirando investimentos.

A reversão desse panorama é possível se houver um olhar para a criação de uma nova economia para a região, pautada em inovação e sustentabilidade. Apenas políticas públicas, ou filantropia, não resolverão a situação de forma perene.

Bastida destaca alguns negócios acelerados pela AMAZ – Aceleradora de Impacto, iniciativa do Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) que tem em seu cerne a missão de resolver problemas sociais ou ambientais. As atividades envolvem turismo de base comunitária, artesanato, cooperativismo extrativista, tecnologia a favor da logística, entre outras inovações.

São 30 as startups já aceleradas pela organização, e outras 156 se inscreveram para a chamada atualmente em andamento. Como característica comum, além de serem negócios sustentáveis, essas empresas têm a prevalência de lideranças femininas e de pessoas não-brancas.

1
Transição justa: o que é fracking e seus impactos para o Nordeste
2
Mapbiomas – desmatamento na Caatinga
3
Energias renováveis e o potencial no Nordeste
4
Energia e emergência climática
5
Crise hídrica no Nordeste
6
Bacia do rio São Francisco e as mudanças climáticas
7
Impactos das mudanças climáticas no Matopiba
8
Nordeste: secas e desertificação com a emergência climática
9
Seca, desertificação e mudanças climáticas no Nordeste
10
Transição justa: plano de saída ao uso do carvão mineral nas termelétricas
11
Santa Catarina e os eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas
12
Soluções baseadas na natureza em Santa Catarina
13
Sistemas de monitoramento na Amazônia
14
Sistemas costeiros e marinhos da Amazônia
15
Queimadas na Amazônia e a degradação da floresta
16
Recursos hídricos e as mudanças climáticas em Santa Catarina
17
Empreendedorismo e aceleradoras de startups na Amazônia
18
Sociobioeconomia para conectar ‘as Amazônias’ urbana e profunda
19
Mudanças climáticas, Amazônia e sustentabilidade

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