- O planeta está aquecendo, e a principal causa dessa elevação da temperatura global é a ação humana, principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Nos últimos 50 anos, o aumento médio da temperatura foi de 1,2ºC. Além disso, os dez anos mais quentes no planeta foram registrados após 2005 – o ano de 2016 foi o mais quente deste século.
- A concentração de dióxido de carbono na atmosfera passou de 300 ppm (partes por milhão), em 1910, para 411 ppm, em 2019.
- As partículas e os gases que resultam, em sua maioria, da queima dos combustíveis fósseis passam centenas de anos na atmosfera terrestre. Eles contribuem para a criação de uma ‘cortina’ de gás que vai da superfície do planeta em direção ao espaço, impedindo que a energia do sol absorvida pela Terra durante o dia seja emitida de volta para o espaço. Assim, o planeta aquece, as geleiras nos polos derretem, e o nível do mar sobe.
Destaques da aula
Duração
Professor(a)s
O planeta está aquecendo, e a principal causa dessa elevação da temperatura global é a ação humana, principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Nos últimos 50 anos, o aumento médio da temperatura foi de 1,2ºC. Além disso, os dez anos mais quentes no planeta foram registrados após 2005 – o ano de 2016 foi o mais quente deste século.
Esse aquecimento traz consequências que já são vividas por muitas pessoas no mundo, como explica, nesta aula, o professor Francisco Aquino.
Em 2015, 195 países assinaram, durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, um documento que ficou conhecido como Acordo de Paris. Naquele pacto, cada nação se comprometeria com metas específicas de reduções de emissões de gases de efeito estufa, a fim de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC. Já naquela época era sabido que, caso não houvesse mudanças profundas nos comportamentos humanos, mantendo o chamado “business as usual”, o planeta aqueceria para além dos 2ºC, fazendo com que as mudanças climáticas intensifiquem os eventos extremos.
Contudo, não aconteceram mudanças expressivas nos modos de vida, pelo menos não até agora. Um exemplo emblemático disso é a concentração de dióxido de carbono na atmosfera, que passou de 300 ppm (partes por milhão), em 1910, para 411 ppm, em 2019.
Essas partículas e esses gases resultam, em sua maioria, da queima dos combustíveis fósseis passam centenas de anos na atmosfera terrestre. Eles contribuem para a criação de uma cortina de gás que vai da superfície da Terra em direção ao espaço, impedindo que a energia do sol absorvida pela Terra durante o dia seja emitida de volta para o espaço. Assim, o planeta aquece, as geleiras nos polos derretem, e o nível do mar sobe.
Há 70 milhões de anos, o planeta era de 8º a 10ºC mais quente e, naquelas condições, não havia neve ou gelo em lugar algum. A neve e o gelo surgiram na Terra há cerca de 10 milhões de anos e, desde então, cumprem um papel de reguladores da temperatura, pois resfriam os oceanos e a atmosfera, propiciando um clima médio global propício para a biodiversidade e a vida humana.
Outro agravante é que, com tantos gases na atmosfera, ela está ‘subindo’ nas regiões equatoriais. Isso ocorre nas regiões polares também, mas com menor força. Esse movimento desigual força correntes de ar e acelera, por exemplo, o surgimento de ciclones extratropicais – conforme os que ocorrem em Santa Catarina, com mais intensidade.